O QUE DIZER AO FINAL DE UMA ETAPA?*
Palavras proferidas agora a pouco na Cerimônia Religiosa, na Capela de Lourdes do Colégio Santa Clara, na Conclusão de Curso das turmas A e B do 3º Ano do Ensino Médio.
O que dizer ao final de uma etapa da vida, quando sentimos que o tempo passou e a gente nem se deu conta?
O que dizer quando sentimos o sabor da conquista e da vitória, mas com certo aperto de ter de seguir em frente em um misto de saudade e perda de coisas que nunca mais voltarão a ser como foram e ficarão apenas em nossas lembranças?
O que dizer quando sentimos que amigos e amigas, professores, professoras, irmãos e irmãs, colegas, turmas, grupos que, dos primeiros passos, aqueles iniciais, fundamentais, até o período colegial, e hoje no chamado ensino médio, de certa forma passam...?
Até porque se a gente não passar a gente não passa...
O que dizer?
Tem que gente que pensa que pode passar colando...
E que engraçado. Depois de passar a gente tem de colar.
Na verdade quem cola quer ver as coisas coladas..., sacramentadas, sinalizadas. Marcadas pra sempre pra dizer que valeram à pena e foram verdade.
Penso que a gente queira colar, antes ou depois da vida escolar, porque talvez seja uma insegurança de nossa parte ir em frente na liberdade que avança rumo ao infinito sozinhos. Temos medo de partir, de já ter de ir, de responder pelas próprias escolhas e ir além do adolescer, de amadurecer sem endurecer e sem perder a ternura jamais.
Mas caminhar é preciso... E colar também tem um certo sentido...
Somos inseguros, nascemos colados nos pais, na família. E queremos passar a vida inteirinha colados nos amigos, na aventuras da vida que passam porque as consideramos descoladas, nas esquinas das ruas movimentadas, nas piadas que contamos mesmo sem ter quem rir...
E hoje, esta noite. Marcada por uma data, 16 de novembro de 2009, que significa um dia, nosso último dia nesse prédio e casa mãe, chamado Colégio Santa Clara, administrado pelas Irmãs “Centenárias” da Imaculada Conceição, tem um misto de contradição, o que na Filosofia chamamos de Dialética. Hoje é o Dia Especial marcado por várias conquistas, além de sermos os campeões nacionais da Primeira Olimpíada Nacional de História do Brasil, no alvorecer de um Novo Tempo, com tantas bênçãos de Deus sobre nossa Congregação e Querido Colégio Santa Clara, é a noite que também tem gosto de despedida...
Agradeço realmente a Deus, como vosso professor de Filosofia, talvez o pior de todos dos últimos tempos da última semana..., por ter sido convidado a vos falar, a vós e a vossos pais, familiares e amigos presentes nesta cerimônia. Porque foi aqui nesta capela que, no início deste ano letivo tive a honra, com a presença de Dom Bernardo Balman, Bispo da Prelazia de Óbidos que por aquela tarde passava por aqui e celebrava conosco, de vos assumir diante do altar do Senhor, como filhos espirituais de certa forma, por conta da missão que o Bom Deus nos confia.
Talvez não tenha cumprido perfeitamente a missão. Tive falhas, defeitos e omissões. Mas quero que vocês saibam e nunca se esqueçam de uma coisa. Que em meio aos nossos olhares e manifestações diante das crises em cima de perguntas tão simples tipo: “Por que você é assim?”, encontramos corações e mentes seguros e inseguros nesta viagem chamada vida, no desafio de ter de descobrir a si mesmo e ter de ser responsável por suas próprias escolhas.
Chegou o Dia. Chegou a Noite. Chegou a hora de nos abraçarmos ao final de uma etapa que marcou e que marcará pra sempre nossas vidas. Nunca deixemos ninguém escolher por nós! Nem Deus assim o quis... Ele que nos escolheu e nos amou por primeiro, nos fez livres para alçar o vôo da liberdade!
Essa liberdade tem um preço e uma exigência que não é pesada, mas é leve. Mesmo que o caminho seja estreito, apertado..., mesmo que passemos pelo vale da sombra da Morte... Se estivemos firmes na liberdade por meio do Amor que é a verdade que liberta, seremos felizes..., para sempre. E saberemos fazer o caminho, mesmo que quando tivermos medo e insegurança tenhamos que colar...
Que nossa cola não seja trapaça. Que nossa cola não seja ameaça. Que nossa cola não seja traição. Que nossa cola não seja sacola ou sacolão em que escondamos mentiras ou inverdades pelo medo de sermos nós mesmos e de assumirmos o preço de nossas escolhas.
Que nossas colas sejam escolas para aprendermos a viver o presente, iluminados pelo passado, pelas boas e não tão boas lembranças, mas com a convicção de um futuro melhor não só pra gente, mas pra toda a humanidade.
Um beijo no coração! Paz e Bem!!!
E, antes que eu me esqueça: OBRIGADO POR TUDO QUE VOCÊS FIZERAM POR MIM!
*Professor Everaldo de Souza Cordeiro.
Palavras proferidas agora a pouco na Cerimônia Religiosa, na Capela de Lourdes do Colégio Santa Clara, na Conclusão de Curso das turmas A e B do 3º Ano do Ensino Médio.
O que dizer ao final de uma etapa da vida, quando sentimos que o tempo passou e a gente nem se deu conta?
O que dizer quando sentimos o sabor da conquista e da vitória, mas com certo aperto de ter de seguir em frente em um misto de saudade e perda de coisas que nunca mais voltarão a ser como foram e ficarão apenas em nossas lembranças?
O que dizer quando sentimos que amigos e amigas, professores, professoras, irmãos e irmãs, colegas, turmas, grupos que, dos primeiros passos, aqueles iniciais, fundamentais, até o período colegial, e hoje no chamado ensino médio, de certa forma passam...?
Até porque se a gente não passar a gente não passa...
O que dizer?
Tem que gente que pensa que pode passar colando...
E que engraçado. Depois de passar a gente tem de colar.
Na verdade quem cola quer ver as coisas coladas..., sacramentadas, sinalizadas. Marcadas pra sempre pra dizer que valeram à pena e foram verdade.
Penso que a gente queira colar, antes ou depois da vida escolar, porque talvez seja uma insegurança de nossa parte ir em frente na liberdade que avança rumo ao infinito sozinhos. Temos medo de partir, de já ter de ir, de responder pelas próprias escolhas e ir além do adolescer, de amadurecer sem endurecer e sem perder a ternura jamais.
Mas caminhar é preciso... E colar também tem um certo sentido...
Somos inseguros, nascemos colados nos pais, na família. E queremos passar a vida inteirinha colados nos amigos, na aventuras da vida que passam porque as consideramos descoladas, nas esquinas das ruas movimentadas, nas piadas que contamos mesmo sem ter quem rir...
E hoje, esta noite. Marcada por uma data, 16 de novembro de 2009, que significa um dia, nosso último dia nesse prédio e casa mãe, chamado Colégio Santa Clara, administrado pelas Irmãs “Centenárias” da Imaculada Conceição, tem um misto de contradição, o que na Filosofia chamamos de Dialética. Hoje é o Dia Especial marcado por várias conquistas, além de sermos os campeões nacionais da Primeira Olimpíada Nacional de História do Brasil, no alvorecer de um Novo Tempo, com tantas bênçãos de Deus sobre nossa Congregação e Querido Colégio Santa Clara, é a noite que também tem gosto de despedida...
Agradeço realmente a Deus, como vosso professor de Filosofia, talvez o pior de todos dos últimos tempos da última semana..., por ter sido convidado a vos falar, a vós e a vossos pais, familiares e amigos presentes nesta cerimônia. Porque foi aqui nesta capela que, no início deste ano letivo tive a honra, com a presença de Dom Bernardo Balman, Bispo da Prelazia de Óbidos que por aquela tarde passava por aqui e celebrava conosco, de vos assumir diante do altar do Senhor, como filhos espirituais de certa forma, por conta da missão que o Bom Deus nos confia.
Talvez não tenha cumprido perfeitamente a missão. Tive falhas, defeitos e omissões. Mas quero que vocês saibam e nunca se esqueçam de uma coisa. Que em meio aos nossos olhares e manifestações diante das crises em cima de perguntas tão simples tipo: “Por que você é assim?”, encontramos corações e mentes seguros e inseguros nesta viagem chamada vida, no desafio de ter de descobrir a si mesmo e ter de ser responsável por suas próprias escolhas.
Chegou o Dia. Chegou a Noite. Chegou a hora de nos abraçarmos ao final de uma etapa que marcou e que marcará pra sempre nossas vidas. Nunca deixemos ninguém escolher por nós! Nem Deus assim o quis... Ele que nos escolheu e nos amou por primeiro, nos fez livres para alçar o vôo da liberdade!
Essa liberdade tem um preço e uma exigência que não é pesada, mas é leve. Mesmo que o caminho seja estreito, apertado..., mesmo que passemos pelo vale da sombra da Morte... Se estivemos firmes na liberdade por meio do Amor que é a verdade que liberta, seremos felizes..., para sempre. E saberemos fazer o caminho, mesmo que quando tivermos medo e insegurança tenhamos que colar...
Que nossa cola não seja trapaça. Que nossa cola não seja ameaça. Que nossa cola não seja traição. Que nossa cola não seja sacola ou sacolão em que escondamos mentiras ou inverdades pelo medo de sermos nós mesmos e de assumirmos o preço de nossas escolhas.
Que nossas colas sejam escolas para aprendermos a viver o presente, iluminados pelo passado, pelas boas e não tão boas lembranças, mas com a convicção de um futuro melhor não só pra gente, mas pra toda a humanidade.
Um beijo no coração! Paz e Bem!!!
E, antes que eu me esqueça: OBRIGADO POR TUDO QUE VOCÊS FIZERAM POR MIM!
*Professor Everaldo de Souza Cordeiro.
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